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Palavra Açúcar 

Palavra Açúcar é o segundo livro de poemas de Silvana Leal. O livro se divide em quatro capítulos:  livro I - Palavra Poema; livro II - Palavra Mar; livro III - Palavra Casa; livro IV Palavra Açúcar. As ilustrações mesclam fotografias da autora e desenhos do artista Lincoln Silva, que assina o projeto gráfico. O Livro é editado pela Editora Papaterra; a tiragem é de 500 exemplares. As poesias tratam de temas universais tais como memória, vida, morte, amor, fé, fome e infância. A parceria com o artista Lincoln Silva teve como resultado estético a amálgama entre os poemas, as fotografias e os desenhos de traços finos e marcadamente dramáticos dos personagens por ele criados. Desde a capa, que graficamente caracteriza a sua linguagem poética, até as transições de um capítulo do livro para o outro, percebe-se a acuidade das formas, sejam elas da ordem da palavra ou da imagem.

Composto de poemas, nos quais a autora transita entre melopeia (sonoridade), fanopeia (imagética) e logopeia (filosofia), Palavra Açúcar mastiga a língua, palavra a palavra, fonema a fonema. Revira a palavra em seu sentido poético. A poesia enquanto exercício mais extremo da língua. Açúcar torna-se palavra que se move para dar sentido a um som orgânico que leva o leitor ao interior da Língua Portuguesa. Segundo as palavras da autora: “explorar o repertório das possibilidades é o que vem habitar o território da poesia hoje | habitar espaços gráficos ou imagéticos | sem jamais perder ou se perder de sua essência primeira – a palavra | a imagem aqui se faz suporte da palavra e a palavra pura sustentando o espaço do papel e sua visualidade”.

O editor Cristiano Moreira, ao se referir ao livro diz: “... sêmen em caudaloso fluxo, estas páginas são habitadas pela tinta da experiência afetiva. Lugares, nomes, coisas. ‘Erguer-se no tempo’, escreve a poeta, admirável exercício cuja anatomia perfeita encontra-se apenas a linguagem, pois é este corpo que atura o tempo”. Diz ainda: “Aqui temos a tensão própria da poesia nessa ambivalência entre o sólido e o fluído. Palavra que desencadeia a saliva sobre a língua sorvida por outras línguas leitoras; comer açúcar, gozar o som dos fonemas, colecionar fotografias, reorganizar o passado, no mover do engenho a guarapa, extraída na moenda da memória”.

Confira algumas páginas do livro e o link que dá acesso  alguns dos trabalhos de poesia falada da artista em parceria com diversos músicos https://soundcloud.com/user-276567501

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